Ministério da Saúde

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Grávidas, outro grupo de risco.

           Outro grupo que também merece cuidados antes de se administrar um medicamento são o das grávidas. Esse grupo tão importante para nós tem que tomar um cuidado redobrado  na hora de se medicar, principalmente quando for se automedicar. Os principais medicamentos utilizados nesse caso são para combater os enjoos e náuseas provocados pela gestação, e como eles ocorrem principalmente nos primeiros meses da gravidez deve-se tomar mais cuidados ainda, pois são esses primeiros meses (principalmente os 3 primeiros) mais cruciais para desenvolvimento e formação do feto. Há algum tempo um medicamento denominado Talidomida comercialmente vendido como Contergan, que era utilizado por gestantes para combater enjoos matinais, foi retirado do mercado pois apresentava vários efeitos teratogênicos, ou seja provocava diversas malformações até mesmo graves nas crianças nascidas de mães que utilizavam tal droga; e isso é só um exemplo de diversas outras manifestações de efeitos negativos provocados por drogas durante a gravidez, efeitos que podem ser potencializados ou serem até mesmo fatais para mulheres que os utilizam sem prescrição médica.
              Pensando nisso a FDA, um órgão governamental dos EUA responsável pelo controle de qualidade de medicamentos e alimentos, classificou os medicamentos e substâncias do tipo em 5 categorias de acordo com o grau de risco apresentado à gestação:


Categoria A – A categoria A se refere à medicamentos e substâncias para as quais os estudos controlados em mulheres não têm mostrado risco para o feto durante o primeiro trimestre e a possibilidade de dano fetal é bastante remota. 
Categoria B – Na categoria B, os estudos realizados em animais não indicam que a substância oferece riscos para o feto, mas não há estudos controlados em humanos que mostrem efeitos adversos sobre o feto. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídos nessa categoria de prescrição com Cautela.
Categoria C - Os estudos em animais têm demonstrado que esses medicamentos podem exercer efeitos teratogênicos ou é tóxico para os embriões.Pode-se considerar os medicamentos e substâncias incluídos nessas duas categoria de prescrição com Risco.
Categoria D – Na categoria D já existe evidência de risco para os fetos humanos, mas os benefícios em certas situações, como por exemplo, nas doenças graves ou que põem em risco a vida e para as quais não existe outra alternativa terapêutica, podem fazer com que o uso durante a gravidez esteja justificado, apesar dos riscos. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídos nessa categoria de prescrição como sendo de Alto Risco
Categoria X – Finalmente vem essa categoria X, onde os estudos em animais ou humanos têm demonstrado que o medicamento causa alterações fetais. O risco supera claramente qualquer possível benefício. Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídos nessa categoria de prescrição como sendo de Perigo.

         Além disso, existem medicamentos comumente utilizados  que são contraindicados durante a gravidez  pois atravessam a barreira placetária e podem exercer potencial efeito sobre o feto, estão inclusos nessa classificação alguns antidiabéticos orais, alguns antieméticos (para enjoo) e até mesmo alguns tipos de analgésicos, amplamente utilizado sem receita médica. Portanto mais uma vez enfatizamos a necessidade de se procurar um profissional qualificado antes de se usar qualquer medicamento sem receita, ainda mais quando se carrega mais uma vida dentro de si.

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