Nos idosos sempre se deve tomar cuidado com a automedicação, pois em geral o metabolismo deles é mais lento e quase sempre eles já tomam alguma medicação crônicamente. Outro fator importante é que alguns medicamentos ou até alimentos podem diminuir ou aumentar o metabolismo de outros medicamentos. Um exemplo bom disso é a toranja ou grapefruit, sua ingestão provoca uma diminuição do metabolismo de vários medicamentos, fazendo assim, com que esses fiquem mais tempo no organismo e em uma concentração maior do que a usual, aumentando a possibilidade de uma reação adversa. Outras substâncias que podem diminuir o metabolismo e com isso aumentar a potência da medicação são o chá da erva de São João, também conhecido como St. John´s Wort e o álcool. Outras substâncias podem inibir ou aumentar o metabolismo de alguns medicamentos, como o fumo, que inibe os bloqueadores dos receptores H1 de histamina, como os anti-histamínicos para alergias em geral e os bloqueadores de receptores H2 de histamina, como a ranitidina e a cimetidina, que podem ser usados para gastrite, úlceras e azias. Em geral os idosos tem maior chance de apresentar efeitos colaterais de medicamentos, mas quase sempre são os mesmos que uma pessoa jovem teria. Como exemplos de efeitos adversos dos medicamentos já citados, podemos enfatizar a confusão mental em anti-histamínicos, a hemorragia digestiva alta, causada por uma ulceração do estômago para antiinflamatórios, os mesmos para os analgésicos que tem ação antiinflamatória e constipação no caso de morfina e ou codeína. No caso dos antibióticos os efeitos são muito variados, pois existem vários modos de ação de antibióticos, para os que mencionamos, no caso da amoxicilina e da penicilina os efeitos mais comuns são as reações alérgicas. Para o cloranfenicol o principal efeito é a pancitopenia, uma diminuição de todas as células do sangue, tanto as vermelhas quanto as brancas. E para o ciprofloxacino são as reações alérgicas. Quase todos eles também podem causar distúrbios gastrintestinais, como a diarréia, por um desequilíbrio na flora intestinal. Devemos lembrar também que a maioria desses efeitos adversos servem como alerta, porém tem uma probabilidade muito pequena de acontecer e não é só porquê uma pessoa é idosa que ela terá que sofrer algum efeito colateral. No caso dos hipnóticos os efeitos colaterais mais comuns são parada respiratória com a combinação com álcool (no caso dos benzodiazepínicos) e tolerância e dependência para todos os hipnóticos.
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